Um dos mais expressivos representantes do coronelismo no Brasil, José Sarney assumiu a presidência do país no período de 1985 a 1990, após a morte de Tancredo Neves. Esteve à frente do diretório Nacional da Arena e do Senado três vezes, sendo a última entre 2009 e 2013. Apesar de ser maranhense, ingressou no Congresso como representante do estado do Amapá em 1990 porque o PMDB lhe negou a legenda em sua terra natal. Apesar de ter ganho três mandatos no Amapá, segundo a imprensa, ele dispensa pouca atenção ao estado e em 2013 teria ido à capital Macapá apenas duas vezes. Saiu da presidência com a maior rejeição registrada por um mandatário na história recente do país. Seu mandato foi marcado por ações anti indígenas, por ter “enterrado” a reforma agrária naquele momento no país e pela violenta repressão no campo. Além de ter nomeado Romero Jucá como presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Sarney aprovou o projeto Calha Norte, que, sob o pretexto de vivificar as fronteiras do país com presença militar, tinha por trás a política de exploração econômica de terras indígenas, sobretudo a mineração, e de expansão das frentes de colonização na Amazônia. Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre 1985 e 1987, 569 trabalhadores rurais foram assassinados. Em 1987 assinou o Decreto Lei 2363, que impedia qualquer processo de reforma agrária. Sarney é apontado por uma reportagem recente como proprietário de terras reivindicadas como território quilombola, a 60km de Brasília: a comunidade de Mesquita. Durante as discussões do Código Florestal, em 2011, rejeitou a proposta de moratória de dez anos para o desmatamento na Amazônia.
Tipo | Projeto | Ano | Autor | Trâmite | Link |
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PL | 490 | 2007 | Homero Pereira | Tramitando | Acessar |
PDC | 1323 | 2008 | Homero Pereira | Tramitando | Acessar |
PDC | 1346 | 2008 | Homero Pereira | Tramitando | Acessar |
PDC | 475 | 2008 | Homero Pereira | Arquivada | Acessar |
PDC | 510 | 2008 | Homero Pereira | Tramitando | Acessar |
PLP | 227 | 2012 | Homero Pereira | Tramitando | Acessar |
PEC | 215 | 2000 | Almir Sá | Tramitando | Acessar |
José Sarney declarou a Justiça Eleitoral em 2006 um patrimônio de mais de R$ 4 milhões, grande parte destes bens divididos em cotas de Shopping, aplicações em banco e terrenos em zona rural e urbana.
Profissão declarada: Produtor Agropecuário
Patrimônio total declarado: R$ 4.632.263,00
Área total em imóveis rurais: não informado
Valor total em imóveis rurais: não é possível calcular
Valor médio por hectare das terras: não é possível calcular
Declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral
Não parece haver ocorrências envolvendo este parlamentar.
Foi eleito em 2006, com gasto de R$ 1.698.000,00. Recebeu dinheiro de mineradoras, siderúrgicas e construtoras.
Total de receitas declaradas nas eleições de 2006
R$ 1.698.000,00
Alguns doadores na campanha de 2006
Caemi Mineração e Metalurgia S/A, Richard Klein, Gusa Nordeste S/A, Alusa Engenharia S.A e Companhia Siderúrgica Nacional.
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